Ginecologia

Dr Calixto


Cirurgia ginecológica combinada com abdominoplastia

Revista Saúde - Segunda-Feira, 23 de Outubro de 2023

Ginecologistas são cada vez mais solicitados por suas pacientes para associar em um mesmo ato operatório, uma cirurgia estética ao tratamento de alterações da parede do abdome como hérnias ou da cavidade como miomas uterinos e cistos de ovários, por exemplo, no intuito de diminuir idas ao hospital e os custos com uma só internação e uma só anestesia.

A cirurgia plástica do abdômen tem por objetivo eliminar o excesso de pele e alguma gordura do abdômen. Os músculos da parede abdominal, são reposicionados para se obter um abdômen plano e ganhar um melhor desenho na cintura.

Quando se deseja ainda uma maior remoção de gordura pode estar associada à lipoaspiração, o que pode maximizar o resultado.

A abdominoplastia associada à cirurgia ginecológica cavitária tem sido uma boa combinação, tanto para o ginecologista, pela melhor e ampla exposição do campo operatório, quanto para paciente, pois resolve seus problemas orgânicos e estéticos em um único ato cirúrgico-anestésico, único pós-operatorio, redução dos custos hospitalares e, por vezes, justifica a abdominoplastia perante a família e ou o trabalho.

Normalmente a necessidade de uma histerectomia coincide com a idade e o desejo da paciente em melhorar o aspecto do seu abdômen que traz sobras de pele e ou de gordura.

Diante disso cabe-nos mostrar á paciente os prós e contras das associações de cirurgias.

PRÓS

  1. Apenas um pré e um pós-operatório.
  2. Apenas uma anestesia.
  3. Benefício econômico. Custo menor.
  4. Os cuidados são os mesmos que o da cirurgia plástica.
  5. Campo único. Mesma via de acesso cirúrgico.

CONTRAS

  1. Maior tempo de cirurgia.
  2. Maior perda sanguínea.
  3. Maior exposição dos tecidos
  4. Comunicação entre dois espaços. Abdominoplastia é uma cirurgia limpa e histerectomia é uma cirurgia potencialmente contaminada.
  5. Anestesias quando por mais de 6 horas podem favorecer complicações cardíacas, trombose venosa e embolia pulmonar.

Geralmente a histerectomia total com lipoaspiração de flancos mais abdominoplastia demora em torno de 4 horas.

De acordo com a Associação Americana de Anestesia – ASA – as cirurgias limpas, como as abdominoplastias e as potencialmente contaminadas, como as histerectomias, em pacientes hígidas podem ser classificadas como ASA I ou II, considerando a associação viável em que o pequeno aumento da morbidade não contra indica a associação cirúrgica.

CONCLUSÕES

A associação da abdominoplastia com a cirurgia ginecológica cavitária, quando tomados os cuidados adequados pré, per e pós-operatórios, não aumentou a morbidade ou a mortalidade.

Respeitando a conduta de cada cirurgião, cabe também a associação do bom senso entre médico e paciente para decidirem por uma cirurgia de sucesso.

Lembrando que a melhor época para fazer a sua cirurgia não é inverno ou verão. É quando você estiver com sua vida organizada. Cabecinha tranquila.

Ambiente confortável para sua recuperação. Tendo por perto aquele ou aqueles que você ama e amam você.



Anticoncepcional Hormonal e Câncer

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia (FEBRASGO), que tem como premissa måxima a garantia de direito de saúde à mulher e acompanha atentamente as linhas de pesquisas, que englobam os problemas que ocorrem na mulher em todas as etapas da vida, vem a público esclarecer alguns pontos referentes a uma pesquisa realizada pela revista cientifica PLOS Medicine, na qual se observou risco discretamente aumentado para o desenvolvimento do câncer de mama, entre mulheres que utilizaram contraceptivos hormonais, incluindo aqueles que continham somente o progestagênio.

O estudo foi realizado por meio da análise da prescrição de métodos contraceptivos no Reino Unido entre mulheres que tiveram diagnóstico de câncer de mama em comparação às mulheres que não tiveram a doença. Em seguida os dados foram incluidos num estudo de metanalise, um tipo de análise global de estudo, que inclui outros estudos com os mesmos objetivos. O resultado dessa pesquisa mostrou que houve um pequeno aumento no número de casos de câncer de mama entre as mulheres que fizeram o uso de contraceptivos, sejam combinados (com estrogênio e progestagênio) ou somente contendo progestagênios. De forma precisa, o estudo mostrou que, em paises de alta renda per capita, num periodo estimado de 15 anos, mulheres que utilizaram contraceptivos hormonais entre 16 e 20 anos teram aumento na incidência de câncer de mama entre 0,084% a 0,093%. Já para mulheres que usaram os mesmos contraceptivos entre 35 e 39 anos a incidência do câncer de mama teve aumento de 2,0% a 2,2%.

A FEBRASGO salienta que o estudo confirma dados conhecidos, acrescentando o pequeno aumento no risco também para o uso do progestagênio isolado. Uma vez que o risco do câncer de mama aumenta com o avanço da idade, estima-se que o excesso de risco absoluto, associado ao uso de qualquer tipo de contraceptivo oral, seja menor em mulheres que o usam em idades mais jovens, do que em idades mais avançadas. Esses riscos precisam ser comparados com os beneficios do uso de anticoncepcionais durante a idade reprodutiva, que incluem comprovadamente a diminuição dos cânceres de ovário, endométrio e do intestino grosso.

Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Febrasgo

NEWSLETTER #99

14 abril 2023



Climatério

Carlos Calixto dos Santos, 21 abril 2023

Periodo que envolve o pré e a pós menopausa. Menopausa é a falta de menstruação durante 1 ano nesta fase da vida da mulher.

Pré-menopausa: 3 a 4 anos antes da menopausa a mulher pode apresentar modificações no padrão do ciclo menstrual, ondas de calor (fogachos ) e distúrbios do sono.

Na fase pós-menopausa começa secura vaginal, sintomas urinários, instabilidade no humor (irritabilidade, nervosismo). Alterações metabólicas com aumento dos lipideos e ganho de peso. Perda de massa óssea: osteopenia e osteoporose.

Todos estes sintomas são variáveis na intensidade e duração.

O tratamento deve ser feito preferencialmente na pré menopausa, no início dos sıntomas.

I – Terapia Hormonal
Após publicação de estudo feito pelo WHI Women's Health Iniative no ano de 1991 houve uma diminuição na Terapia Hormonal para menopausa. Devido ao risco de tromboembolismo, doença cardiovascular e câncer de mama, tomou-se usual prescrições com menores doses e menor tempo de uso dos hormônios e maior atenção para pacientes com antecedentes de câncer de mama, endométrio, doença cardiovascular e fumantes.

II – Laser Vaginal
Para melhora da atrofia, ressecamento vaginal, e perda de urina.

III – Calcio e Vitamina D
Densitometria óssea para avaliar osteopenia, osteoporose, que serão atenuadas baseadas na sua atividade fisica e alimentação rica em cálcio, com o uso frequente por exemplo de vegetais verdes escuros.
Nem todas as mulheres terão osteoporose.
Fatores genéticos e a diminuição do hormônio estrogênio, que atrapalha a reabsorção óssea, podem levar à osteoporose.
Lembrando também da vitamina D, que além de comprada em farmácia, pode ser obtida também pela exposição ao sol e ao consumo rotineiro de alimentos como salmão, atum, sardinha e gema de ovo por exemplo.

IV – Habitos Saudáveis
1- Atividade fisica aeróbica.
2- Atividades relaxantes.
3- Alimentos saudáveis: evitar alimentos industrializados, multiprocessados, embutidos, refrigerantes, etc, tidos como alimentos inflamatórios.
4- E o melhor do melhor: Curtir a maravilha da experiência de vida que os anos trazem, vivendo o hoje com intensidade, evitando adiar o que te dá prazer, sorrindo mais e se aborrecendo menos.

Referências

1. Revista Ampla, Jan-Mar 2023.
2. Revista Întima, n' 16, ano 6, 2022.
3. Febrasgo, 25-07-2017.



A prevenção do câncer de mama

Revista Saúde Dezembro 2021

A possibilidade de uma mulher vir a ter CÂNCER DE MAMA durante a sua vida está em torno de 12,5% segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia.

Destacamos aqui os principais fatores de risco:

  • Idade: alterações biológicas pelo envelhecimento;
  • História pessoal de câncer de ovário, endométrio e de intestino (cólon);
  • Primeira menstruação antes dos 12 e última depois dos 55 anos, ocasionando maior exposição hormonal;
  • Terapia hormonal pós-menopausa por tempo maior que cinco anos;
  • Não ter filho, ou ter após os 30 anos de idade;
  • Sobrepeso e obesidade na pós-menopausa que levaria ao aumento na produção de estrogênio via gordura corporal.
  • Fatores genéticos: Mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 (principais).

A partir do isolamento destes genes em 1994, a ciência vem alertando que pessoas que herdam mutações nestes genes tendem a desenvolver o câncer de mama e de ovário em idades mais jovens do que aquelas que não tem estas mutações.

Mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou câncer de mama em homem também parente consanguíneo, podem ter predisposição hereditária e são consideradas de alto risco para desenvolver o câncer.

Sendo a medicina uma ciência em constante evolução, surge uma possibilidade ainda um tanto polêmica e que ganhou destaque com a escolha da atriz Angeline Jolie em fazer a adenomastectomia subcutânea profilática para o câncer de mama por ter mãe e tia com câncer nessa área e mutações genéticas em BRCA 1 e BRCA 2. Consiste na retirada da região interna da mama, ou seja da glândula e ductos mamário, que são os locais onde podem surgir o tumor. Preservando pele, aréola e mamilo. Com a imediata reconstrução usando prótese de silicone ou material do próprio abdome da paciente. Procedimento que ainda não tem consenso na área especializada no assunto.

Lembrar da mamografia anual após os 40 anos de idade. Seguir com as consagradas dietas ricas em frutas e vegetais, dando preferência às gorduras insaturadas como peixe, azeite de oliva, nozes e castanhas. Não fumar, uso moderado do álcool, combinado com a prática de atividades físicas semanais, que são recomendados como efeito protetor pela Sociedade Brasileira de Mastologia.



Tratamento Alternativo da Síndrome de Tensão Pré-Menstrual

Revista Saúde Janeiro 2021

A Síndrome de Tensão Pré-Menstrual consiste em um conjunto de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, cíclicos e recorrentes comumente iniciando na semana anterior à menstruação e aliviando com o início do fluxo.

Difere de outros problemas médicos por refletir também no relacionamento familiar, social e laboral.

Uma das teorias para explicar o funcionamento da síndrome de tensão pré-menstrual é a que os sistemas endócrino, reprodutor e serotoninérgico convergem para efetuar a regulação do comportamento, e que os neurotransmissores serotonina, noradrenalina, GABA e alopregnanolona estariam envolvidos.

Sabendo que a serotonina atua no cérebro regulando o humor, o sono, o apetite, o ritmo cardíaco, a temperatura corporal, a sensibilidade à dor, os movimentos e as funções intelectuais, fomos em buscas de frutas e ervas com poderes antioxidantes ricas em flavonoides como a maçã, camomila e maracujá com ação conhecida em receptores serotoninérgicos e GABA, além de poder anti-inflamatório e espasmolítico.

Na nossa entrevista entre as mulheres diagnosticadas com STPM predominaram as queixas:

1- Irritabilidade e nervosismo, 91%. 2- Ansiedade 81% . 3- Desejo aumentado de comer doces, 67%. 4- Choro fácil, 60%.5- Dor de cabeça/ enxaqueca, 60%. Seguidas de desejo aumentado de comer chocolate, inchaço no corpo, cólica menstrual, dor nas mamas, dificuldade na concentração.

Com o uso da maça, camomila e maracujá, somados à dieta alimentar, obtivemos um grau de satisfação em 93% das entrevistadas, concluindo que esta terapia alternativa traz resultados satisfatórios para o tratamento da Síndrome da Tensão Pré-Menstrual.

Carlos Calixto dos Santos:

Dissertação para conclusão de mestrado em Plantas Medicinais e Fitoterápicos UNIPAR, 2019



Uso de Testosterona por Mulheres

Os estudos que avaliam o tratamento da disfunção sexual feminina na pós-menopausa com testosterona aumentaram drasticamente a partir dos anos 1990.1 Vários desses ensaios clínicos mostram que a testosterona melhora a função sexual nessas mulheres, com aumento da libido, do desejo sexual e da satisfação sexual, além de melhorar a qualidade de vida.1,2 Esse efeito benéfico da testosterona talvez tenha sido o principal motivo para o uso crescente da testosterona , especialmente em mulheres menopausadas, até mesmo de maneira indiscriminada e empírica.3

Porém, a maioria dos trabalhos são de curta duração e não permitem a avaliação dos efeitos da testosterona sobre a saúde sexual e a saúde física da mulher em longo prazo, bem como do perfil de segurança do medicamento, em termos de aumento do risco cardiovascular e de câncer de mama.1,2

Por outro lado, evidências suportam a eficácia e a segurança em curto prazo (de três a seis meses) da testosterona em mulheres pós-menopausadas com disfunção sexual por transtorno de desejo sexual hipoativo, desde que diagnosticada apropriadamente, excluindo outras causas e que não haja contraindicação ao uso do hormônio.6

Em 2016, foi publicada a revisão do Consenso Global sobre a Terapia Hormonal Menopáusica, apoiada por várias entidades internacionais, recomendando que o uso de terapia contínua de testosterona, isolada ou em conjunto com a terapia hormonal, é suportado em mulheres pós-menopausadas cuidadosamente selecionadas, nos países com aprovação regulatória do medicamento.7

Em setembro de 2018, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia emitiu uma nota que destaca a falta de aprovação da testosterona para o sexo feminino. Tanto no Brasil como no resto do mundo, não é recomendado o uso de formulações masculinas para mulheres, já que é difícil ajustar a dose e pelo risco de se administrar doses suprafisiológicas.4,5

As recomendações das Sociedades Médicas destacam que o uso da testosterona deve ser bem indicado, ou seja, nos diagnósticos de transtorno do desejo sexual hipoativo, visto que o uso abusivo ou indiscriminado,ou com a utilização de fármacos não apropriados, pode ocasionar efeitos colaterais em curto e longo prazo.4-7

Nas mulheres criteriosamente selecionadas para receber testosterona, a recomendação é de discutir com a paciente sobre o uso off-label desse medicamento, bem como os riscos e benefícios do tratamento.3,5-7 Se a escolha for pela introdução da terapia com testosterona, deve-se utilizar preferencialmente a via transdérmica, para evitar a primeira passagem de metabolismo hepático, e na menor dose suficiente para obter resposta clínica.3,5 Durante o tratamento com testosterona, a mulher deve ser monitorada rigorosamente, a cada seis meses, para sinais e sintomas de excesso de androgênio.3,6 A manutenção do tratamento após seis meses só é justificável se houver melhora dos sintomas, lembrando-se que não há dados disponíveis sobre eficácia e segurança após 24 meses de uso.3,6

Referências

1. Reis SLB, Abdo CHN. Benefits and risks of testosterone treatment for hypoactive sexual desire disorder in women: a critical review of studies published in the decades preceding and succeeding the advent of phosphodiesterase type 5 inhibitors. Clinics. 2014;69(4):294-303.
2. Jayasena CN, Alkaabi, FM, Liebers CS, Handley T, Franks S, Dhillo WS. A systematic review of randomized controlled trials investigating the efficacy and safety of testosterone therapy for female sexual dysfunction in postmenopausal women. Clin Endocrinol (Oxf).2019;90(3):391-414.
3. Fonseca HP, Scapinelli A, Aoki T, Aldrighi JM. Deficiência androgênica na mulher. Rev Assoc Med Bras. 2010;56(5):579-82.
4. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Nota de esclarecimento: efeitos do abuso da testosterona. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/nota-de-esclarecimento-efeitos-do-abuso-da-testosterona-na-mulher-e-no-homem/. Acesso em 20/03/2019.
5. Kulak Jr J. Terapêutica androgênica para mulheres na pós-menopausa: Quando indicar, como realizar e por quanto tempo? In: Pompei LM, Machado RB, Wender COM, Fernandes CE. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa ? Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC) ? São Paulo: Leitura Médica, 2018. p.123-6.
6. Wierman ME, Artl W, Basson R, Davis SR, Miller KK, Murad MH, et al. Androgen Therapy in Women: A Reappraisal: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab. 2014;99(10):3489-510.
7. de Villiers TJ, Hall JE, Pinkerton JV, Pérez JC, Rees M, Yang C, et al. Revised Global Consensus Statement on Menopausal Hormone Therapy. Climacteric. 2016;19(4):313-5.



Hormônios Bioidênticos na Menopausa

A ideia de denominar substâncias hormonais semelhantes aos produzidos pelo próprio organismo como bioidênticas não é nova. Sua popularização ocorreu após as grandes personagens da mídia norte-americana divulgarem seu uso, inclusive inferindo qualidades que não foram comprovadas nos estudos clínicos (Taylor, 2001). O termo bioidêntico na sua forma mais restrita é reservado, em geral, às substâncias de origem vegetal que tiveram modificação química em sua estrutura, tornando-se indistinguível dos hormônios humanos: a) estrogênio (17beta-estradiol, estrona e estriol); b) progesterona; c) androgênios (testosterona e deidroepiandrosterona) (Cirigliano, 2007). Salienta-se que estes compostos não incluem os fitohormônios.

Recentemente, alguns investigadores alegam que a melhor forma de ministrar o hormônio bioidêntico seria a via transdérmica. Além disso, sugerem monitoramento frequentemente, pela urina ou saliva, para avaliar os níveis hormonais. Esta prática é muito onerosa e os resultados podem ser questionáveis, pois ainda não sabemos o nível hormonal ideal para cada mulher (Fishman et al, 2015)

A percepção do termo bioidêntico para a população não é clara. Dois grandes inquéritos (Harris Interactive Inc e Rose Research LLC) foram utilizados para elaborar o relatório Symphony Health's Pharmaceutical Audit Suite (PHAST), que mostra as extrapolações e tendências de uso de diversos hormônios, incluindo os bioidênticos, na população americana. A maioria da população tem conceito equivocado e não detém informações confiáveis ou certeza se os hormônios bioidênticos têm aprovação do FDA. Além disso, uma parcela (27%) das participantes do estudo Rose, simplesmente não sabia nada sobre estes hormônios e o seu significado, bem como não tinham percepção se o resultado seria melhor do que com os demais tratamentos disponíveis.

O grande desafio com os hormônios bioidênticos é a individualização da dose a ser ministrada à paciente, pois há a necessidade de suporte laboratorial mais frequente e personalizado, o que aumentaria os custos enormemente sem necessariamente alcançar os objetivos do tratamento, ou seja, melhora dos sintomas. Não há comprovação científica que mostre que o seu uso, além de mais caro, traria mais benefícios às mulheres. Em geral, a dose padrão dos hormônios da terapia hormonal habitualmente prescrita pode ser mantida ou modificada conforme as queixas da mulher (Davison, 2009).

Assim, é importante assinalar que faltam evidências sobre sua real efetividade e segurança em mulheres na pós-menopausa em comparação com as terapêuticas hormonais não bioidênticas habitualmente empregadas.

Autor: Dr.Edmund Chada Baracat - Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina



Vacinação contra HPV

Recomendações da Comissão Nacional Especializada do Trato Genital Inferior da FEBRASGO FEMINA Junho 2011

O câncer do colo do útero se coloca como o segundo câncer mais prevalente entre as mulheres. Apesar de importantes avanços no rastreamento com citologia oncótica cérvico-vaginal, esse método ainda encontra limitações para o controle da patologia, sobretudo nos países em desenvolvimento como o Brasil. No que diz respeito à oncogênese, a infecção pelo HPV, oncogênico e persistente, apresenta papel fundamental no desenvolvimento do câncer do colo do útero. Dentre tais tipos virais se colocam prioritariamente os tipos 16, 18, 45 e 31, respectivamente, por serem os mais frequentes na maioria dos locais do mundo.

Evolução natural da infecção pelo HPV:
- DST mais prevalente na população.
- Ocorre no início da atividade sexual.
- Eliminada pelo organismo em 90% dos casos em até 2 anos.
- 40% = 15 a 25 anos, Sendo o HPV de alto risco.
- Pode ocorrer reinfecção.
- Risco oncogênico 16-18 45-31 33-52 58-35 entre outros. ( 6-11 SEM RISCO).
- A ação mantida pelos vírus, persistente por longo período (anos), pode levar às lesões precursoras e ao câncer ano-genital.
- Importante o sistema de defesa: O sistema imunológico eficiente pode impedir a evolução ou curar as lesões precursoras.
- Vacina contra HPV oncogênico tipos 16 e 18 = 10 a 25 anos Três doses (0, 1, 6 meses).Quadrivalente recombinante contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18 = 9 a 26 anos Três doses (0, 2, 6 meses). Autorizadas pela Anvisa.
Explicar que não estão incluídos todos os tipos de vírus associados com o câncer cervical.
Dai a importância do exame Papanicolaou de rotina.
- Vacinação, de preferência, antes do início da atividade sexual;
- Não é contra indicado para as que já iniciaram atividade sexual.
- Contra indicado na gravidez.
- Recomendamos a inclusão da vacina contra HPV, visando o câncer do colo uterino.



Vantagens do Laser no tratamento das disfunções vaginal

Segundo o DIEESE – Depto Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico – as mulheres ocupam 41% da população ativa economicamente.
Mais de ¼ delas = chefes de família.
Maior escolaridade que os homens.
RIMEIRA MULHER DIPLOMADA = RITA LOBATO 1867 – 1960
Medica. Autorizada a frequentar a Faculdade por Decreto Lei de D. Pedro II
- S A L V E  A S  M U L H E R E S -

Laser vaginal

Para ardência ao coito – desconforto – ressecamento – flacidez e perda de urina, espontânea ou aos esforços.

Hoje o mundo está corrido...não temos tempo...nao podemos parar.

Aí surge o LASER VAGINAL que não exige DOWN TIME ... fez...sai do consultório direto para as atividades de rotina.

Pede-se apenas para não ter relações sexuais durante 7 dias.

Outro grande detalhe: NÃO DÓI. = SEM DOR.

Demoramos em torno de 15 minutos.

Ação puramente no LOCAL.

O número de sessões será de acordo com cada caso, mas geralmente 3 sessões. Sendo que na perda de urina poderá ser mais sessões.

GRANDE DIFERENCIAL: "MAIOR TOLERÂNCIA e MENOR TEMPO DE RECUPERAÇÃO"



Sexualidade no climatério

Expectativa de vida brasileira em 1940 = 45 anos, em 2.000 = 70 anos, hoje em torno de 75 anos.

Envelhecemos fisiologicamente, mas não tanto psicológica e socialmente.

A mulher está cada vez mais competindo em todos os setores que a vida oferece.

E dentre os componentes para uma vida saudável, como atividade física regular, alimentação saudável, entra também o prazer e a afetividade despertada pela sexualidade feminina.

Dentro do climatério acontece um fato marcante para a vida da mulher que é a MENOPAUSA – última menstruação.

Ocorre em função do esgotamento do estrogênio – responsável pela feminilidade.

Predomina a produção de Testosterona e Androstenediona.

Para o lado da vagina, a mucosa fica mais frágil levando a dor ao coito. Ressecamento vaginal e a síndrome uretral = urgência miccional, disúria e incontinência urinária, que levam a mulher perder o interesse pela atividade sexual.

Para as pacientes insatisfeitas com o tratamento hormonal ou para aquelas que não podem tomar hormônio, surge a grande indicação de tratamento com o Laser Vaginal.

Aplicaçao intravaginal, com uma duração de aproximadamente 15 minutos e totalmente SEM DOR.

Normalmente 3 sessões com intervalo de 30 a 60 dias.

Paciente sai do consultório e pode ir trabalhar. Recomendado 1 semana sem relação sexual e sem banho de piscina ou similar.



Anticoncepção

I - Métodos reversíveis
1-Métodos Comportamentais: Tabelinha, Muco Cervical, Coito Interrompido.
2- Métodos de Barreira: Preservativo masculino e feminino. Diafragma. Espermaticidas.
3- D I U s Hormonal e de Cobre
4- Hormonais: Pilulas, Injetáveis, Adesivos, Anel Vaginal, DIU progesterona, Implante subcutâneo.
Pílula do dia seguinte* (take care).

II – Métodos definitivos
1 – Laqueadura
- Lei 9.263 de Janeiro 1996, maior de 25 anos ou 2 filhos vivos.
- 60 dias entre o desejo e o ato da cirurgia.
- Risco vida ou saúde para a mulher ou do futuro concepto, assinado por 2 médicos.
- Consentimento expresso ambos cônjuges.
- 42 dias após parto ou aborto.
- Sucessivas cesarianas.
2 – Vasectomia

Anticoncepcionais hormonais
AOHC Anticoncepcional Oral Hormonal Combinado - método mais usado no mundo todo. Mais ou menos 100 milhões de usuárias no mundo.
Falha menor 1 a cada 100 mulheres ano.
Brasil 27% mulheres em idade fértil usam aohc.
1960 – vem diminuindo a quantidade de hormônio. 1970 Dose 50 EE (etinilestradiol) veio para 30 mcg. Hoje já temos com 15mcg.
Risco mais temido – T E V tromboembolismo venoso
INFARTO MIOCÁRDIO, AVC acidente vascular cerebral
TEV + AOHC = menos que TEV + GRAVIDEZ
Mais frequente no 1º ano de uso.
Devido ao ESTROGÊNIO por isso vem-se diminuindo a quantidade de ESTROGÊNIO cada vez mais.
Mutações trombogênicas: FATOR V DE LEIDEN
MUTAÇÃO DO GEN DA PROTOMBINA
DEFICIT PROTOMBINA S
PROTOMBINA C
ANTITROMBINA
Febrasgo Set/Out 2014.

Beneficios não contraceptivos dos anticoncepcionais hormonais
I - CICLO MENSTRUAL
1- Irregularidade Menstrual
2- Dismenorréia
3- Hipermenorréia
4- Anemia
5- Cistos Funcionais do Ovário
II – REDUÇAO DO CÂNCER
1 – Ovariano
2 – Endometrial
3 – Colorretal
III – PREVENÇÃO DE
1 – Perda Ossea
2 – Doença Benigna da Mama
3 – Doença Inflamatória Pélvica
4 – Gravidez Ectópica
IV- TRATAMENTO DE
1 – Acne
2 – Hirsutismo
3 – Sintomas Perimenopausicos



Fortalecer o sistema imunológico

Estamos vivendo cada vez mais na correria. Arrumando tempo para tudo menos para nós. Isto não é bom. Vamos hoje LEMBRAR as dicas que todos sabemos mas que falta OBEDECER.
1 – Atividade Física fortalece nosso sistema imunológico ( Harvad Medical School ).
2 – Aldeídos diminuem nossa resistência imunológica, então vamos DIMINUIR o ÁLCOOL.
3 – Cigarro diminui nossa resistência imunológica, então NÃO FUME.
4 – Dormir bem – elementos do sistema imunológico são produzidos durante a noite.
5 – Rir para liberar endorfinas.
6 – Café com moderação – acidez do café pode dificultar absorção de nutrientes no intestino.
7 – Vida sexual – sexo faz bem para a saúde.
8 – Sol para produzir vit D que participa do nosso sistema imunológico.
9 – Estresse – stress, falta de sono e preocupação excessiva aumentam a secreção de CORTISOL – hormônio importante para o sistema imunológico. O desequilíbrio na produção de cortisol gera produção de CITOQUINAS responsável pela INFLAMAÇAO . Artrite reumatoide, fibromialgia. Atividades que acalmam a mente e ajudam o corpo a desacelerar são as melhores maneiras de evitar que as GLANDULAS ADRENAIS secretem cortisol em excesso. Academia, caminhadas, passeio no parque, yoga, leitura, cinema . . . FAÇA O QUE LHE AGRADE E DE PRAZER E PAZ INTERIOR.
10 - Hábitos alimentares saudáveis:
- Precisamos de VITAMINAS e SAIS MINERAIS. Entã0 vai lá Vitamina A e Betacaroteno: Cenoura, abóbora, brócolis, folhas verdes escuras, moranga, batata doce e outros.
- Vit B6 : trigo e aveia
- Vit C: antioxidante e aumenta a resistência imunológica. frutas cítricas, tomates, vegetais folhosos crus.
- Vit E: germe de trigo, nozes, castanhas, vegetais folhosos.
- Ac Fólico: fígado, feijões, vegetais folhosos (brócolis, espinafre, agrião, couve) levedo de cerveja.
- Minerais: Selênio: castanha do Pará, frutos do mar, algas marinhas, ovo e queijo. Zinco: carnes, peixes, sementes de girassol e abóbora, nozes. 4-7 mg/dia para mulheres e 5-9 para homens. Alho – rico em zinco e selênio essenciais para sistema imunológico. Possui antioxidantes que atacam o Helicobacter pylori. Açafrao e Gengibre – poder antinflamatório.
- Berry – frutas roxas – vermelhas são ricas em antioxidantes.
Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná.



DIU ou SIU

DIU – Dispositivo Intrauterino de cobre. Atua no muco cervical, na cavidade endometrial e na motilidade das trompas, impedindo a gravidez.
A paciente continua menstruando, podendo aumentar o fluxo ou não. Podendo ter cólicas menstruais ou não. Costuma haver uma adaptação nos primeiros seis meses.
Tempo de ação 10 anos.

SIU – Sistema Intrauterino Hormonal (progestagênio). Atua atrofiando o endométrio, impedindo assim a gravidez. A paciente fica sem menstruar ou pode apresentar uma pequena borra.
Tempo de ação 5 anos.
São inseridos dentro do útero, por médicos, na maioria das vezes no próprio consultório.
Vantagens: comodidade posológica. 5 e 10 anos. Inserção rápida e simples.



Teste doméstico para AIDS

Ministério da Saúde: Ano 2011 = 470.000 casos. Em 2016 = 843.000 pessoas infectadas pelo vírus HIV.

112.000 pessoas não sabiam ter o vírus até apresentar sintomas.

Este desconhecimento funciona como fator de propagação uma vez que a pessoa não sabe que é portadora do vírus.

No mundo o número de infectados subiu de 34 milhões em 2011 para 36.7 milhões em 2016.

FDA aprovou nos Estados Unidos o teste doméstico em 2012.

ANVISA aprovou com o nome comercial de ACTION – autoteste de HIV – previsto para chegar no mercado em junho 2017 ao preço aproximado de R$60,00.

- Líquido reagente. 1 microagulha para furar o dedo. 1 sachê de álcool e um pequeno tubo para coletar o sangue.

Dentro de 15 a 20 minutos aparece o resultado em formas de linha.

Lembrando que os anticorpos são detectados 30 dias após a infecção. E que dando positivo terá que ser confirmado com exame de laboratório.

Um teste simples igual o da gravidez, veio para facilitar o medo ou a vergonha de fazer um teste de HIV.

Alternativa precisa e aceitável pela privacidade e ajuda no controle da epidemia da AIDS.



Menopausa

Clímatério: 40 – 65 anos Diminuição folicular ovariana.

Menopausa: Última menstruação – 1 ano

Sintomas:
– Vasomotores: Ondas de calor – fogachos
- Alteração do trofismo pele e mucosas
- Diminuição da lubrificação vaginal
- Alterações metabólicas
- Alterações comportamentais
A intensidade e tipo variam de paciente para paciente.
Fase de transição da vida, caracterizada pelo encerramento da função reprodutiva.
A menopausa é influenciada por CRENÇAS e valores sociais relacionados ao envelhecimento.
A sexualidade é um dos aspectos mais afetados por essas transformações.
ANTECEDENTES MÉDICOS E PSICOLÓGICOS (fatores importantes para desenvolver)
QUALIDADE RELACIONAMENTO INTERPESSOAL (sintomas sexuais na menopausa)
ATIVIDADE SEXUAL – indicador de qualidade de vida presente em todas as fases da vida adulta.
Lindau et al 2007 entrevista 3.000 adultos ambos sexos.

Atividade sexual
- 57 anos 64 anos = 73%
- 65 anos 74 anos = 53%
- 75 anos 85 anos = 23%
Metade das mulheres sexualmente ativas referiram ao menos uma disfunção sexual:
43% - Desejo hipoativo
39% - Deficit lubrificação
34% - Disfunção orgástica
DESEJO – Fatores relacionais são mais importantes
ORGASMO – Fatores fisiológicos e psicológicos
Baixo nível DHEA - Ausência de parceiro – Ansiedade - Menores de 18 anos vivendo na casa = RISCO MAIOR PARA DISFUNÇÃO SEXUAL
AS mulheres que sempre valorizaram a atividade sexual, tendem a manter este padrão.
As com dificuldade nesta área, vivem a diminuição da ATIVIDADE SEXUAL como um alívio de uma situação desconfortável.
Para muitas as alterações biológicas e hormonais que caracterizam a MENOPAUSA, não afetam SIGNIFICATIVAMENTE a sexualidade.
Mudanças Biológicas do Climatério
Diminuição dos estrogênios = Alteração do humor - Sono - Cognição - Irregularidade Menstrual e Fim da Menstruação - Alterações Vasculares e Urogenitais - Mudanças no Assoalho Pélvico - Diminuição Trofismo Genital e da Lubrificação Vaginal, com desconforto e dor à penetração = SÍNDROME GENITOURINÁRIA DA MENOPAUSA.
As mudanças na anatomia e fisiologia dos genitais na pós menopausa são influenciadas tanto pelos níveis hormonais quanto pelo padrão de atividade sexual adotado ao longo da vida.
Estudos mostram que a mulher adequadamente estimulada com atividade sexual REGULAR pode preservar seu trofismo e resposta genital ´por toda vida ( independente da função ovariana) – Ver. Sexualidade na menopausa Elza Ainda + theo Lerner + M. Mª Soares Jr = HC FMUSP.



Incontinência Urinária Feminina

Toda perda involuntária de urina.

Perda espontânea.

Urgência miccional.

Polaciúria – aumento frequência urinária durante o dia – 8 x dia -.

Noctúria – interrupção do sono por desejo miccional.

Incontinência urinária de Esforço

A incontinência urinária é uma condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social. Afeta de maneira importante a sexualidade feminina e a qualidade de vida das mulheres.

No Brasil mais de 20 milhões de mulheres apresentam o SINTOMA de incontinência urinária.

Muitos trabalhos demonstram que quanto melhor a qualidade de vida melhor a satisfação sexual, e a incontinência urinária interfere diretamente na qualidade de vida levando consequentemente à INSATISFAÇAO SEXUAL.

A incontinência urinária pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e econômicos.
Causas da incontinência
Infecções urinárias ou vaginais. Transitório.
Efeitos colaterais de medicamentos.
Constipação intestinal.
Fraqueza de alguns músculos.
Bexiga caída. Uretrocistoretocele.
Doenças que afetam os nervos ou músculos. Derrame cerebral. Poliomielite.
Alguns tipos de cirurgia ginecológica e outras.
Tipos de incontinência
Incontinência de esforço – Pode ser devida à fraqueza dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga ou à fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Nesta circunstância pode ocorrer vazamento de urina quando você faz qualquer atividade que força o abdômen, como tossir, espirrar, dar risada, carregar peso ou até mesmo andar. Alguns pacientes vão com muita frequência ao banheiro para manter a bexiga sempre vazia e diminuir a chance de acidentes. Muitas evitam exercícios físicos com o mesmo objetivo. A maioria permanece seca à noite, mas podem molhar-se ao levantarem para ir ao banheiro.
A incontinência de esforço ocorre frequentemente em mulheres com fraqueza dos músculos do assoalho pélvico e frequentemente pode haver prolapso da bexiga, útero ou intestino ("bexiga caída").
É mais frequente em mulheres que tiveram partos vaginais, embora possa ocorrer também em mulheres que tiveram seus filhos por cesariana e até mesmo em mulheres que nunca tiveram filhos.
Urge-incontinência – Resulta quando a bexiga contrai-se sem a nossa vontade e por isso também recebe o nome de bexiga hiperativa. Você pode ter a sensação de que precisa correr para o banheiro, mas muitas vezes não consegue chegar a tempo de evitar o escape de urina. Por vezes pode perder urina sem que haja nenhum sinal antes. Alguns pacientes vão ao banheiro com intervalos muito curtos e acordam várias vezes durante o sono para esvaziar a bexiga.
Incontinência mista – Corresponde à combinação dos dois tipos de incontinência descritos acima (de esforço e urge-incontinência).
Incontinência por fístula urinária – A fístula urinária é uma comunicação anômala entre um órgão do trato urinário (geralmente a bexiga, mas podendo também envolver os ureteres) e a vagina (raramente a comunicação pode ser com a uretra, útero ou intestino). Estas comunicações anômalas são geralmente resultado de um procedimento cirúrgico prévio, processos inflamatórios, traumatismos ou irradiação.
Diagnóstico
História Clínica
Exame ginecológico
Ultrassom
Exame de urina
Medida do resíduo miccional
Cistoscopia
Teste de esforço
Exame urodinâmico – Avalia as funções da bexiga e do esfíncter. Usando diferentes modalidades de investigação, o examinador estuda a sensibilidade de sua bexiga, a sua capacidade de armazenar urina e a eficiência com que ela se esvazia. Pode-se determinar ainda se a bexiga está obstruída e se o esfíncter está enfraquecido. Os resultados deste exame muitas vezes são importantes para orientar sobre a necessidade ou não de uma cirurgia.
Tratamento
1-Fisioterapia:Exercícios para fortalecer o assoalho pélvico – Kegel –.
2-Medicamentos: para alguns casos
3-Cirurgias: Operação de Burch - Operação de Kelly-Kennedy - Sling
As cirurgias são dependentes da habilidade do cirurgião.
Sujeitas a complicações como fístulas, rejeições, compressão de nervos e aderências.
Como a evolução da medicina busca sempre tratamentos menos agressivos para o corpo do paciente, surge como alternativa terapêutica o Laser Vaginal.
4-Laser Vaginal.
Com 30 dias da aplicação do laser já e possível perceber a melhora da lubrificação vaginal e da incontinência urinária.
No Brasil mais de 20 milhões de mulheres apresentam o SINTOMA de incontinência urinária.
A Incontinência Urinária afeta de maneira importante a sexualidade feminina e a qualidade de vida das mulheres.
Muitos trabalhos demonstram que quanto melhor a qualidade de vida melhor a satisfação sexual, e a I.U. interfere diretamente na qualidade de vida levando consequentemente à INSATISFAÇAO SEXUAL.
Nos seus 10 anos de uso, o LASER VAGINAL tem apresentado excelentes resultados.
Tratamento INDOLOR – o que agrada bastante a paciente = SEM DOR. DOWN TIME – outro fator que agrada muito a paciente. NÃO PRECISA REPOUSO. Não precisa faltar no trabalho. Sai do consultório e vai trabalhar.
O laser visa fortalecer todo o canal vaginal – melhora do trofismo; da força muscular.
O laser produz uma melhor circulação, que resulta em melhor lubrificação, que melhora o desempenho sexual. O que reflete diretamente em qualidade de vida, que é o que nos interessa. VIVER BEM E SER FELIZ.



Enxaqueca, as 10 principais causas

A ENXAQUECA é uma doença neurológica crônica, incapacitante, que afeta 15% da população no Brasil.Os sintomas são: dor latejante, de um lado da cabeça (pode ser dos dois), de moderada a forte intensidade, incômodo com a luz e o barulho, enjôo. Pode ocorrer alterações na vista como pontos luminosos, escuros, linhas em zig zag que antecedem ou acompanham as crises de dor.Muitos são os desencadeantes possíveis mas abordaremos os 10 mais importantes:

1. Preocupações excessivas. Ansiedade, tensão, estresse, preocupações excessivas, antecipação de fatos do futuro negativos, ameaçadores. Quando se antecipa uma tragédia do futuro (que normalmente não acontecem).

2. Ficar sem comer. O jejum é o aspecto alimentar mais importante para desencadear dores de cabeça, o ficar sem comer pode gerar uma baixa no açúcar do sangue, com a produção de substâncias que causam dor. O segredo é comer a cada 3 ou 4 horas, e também não exagerar na comida quando passar longo tempo em jejum.

3. Dormir mal. Bom sono é uma condição fundamental para o bem estar de uma maneira geral, e também para as enxaquecas. Dormir pouco, dormir muito, acordar no meio da noite, roncar e ter sonolência de dia, ir dormir e acordar muito tarde são todos possíveis desencadeantes de dor de cabeça.

4. Ciclo hormonal. A temida TPM carrega consigo crises de cefaleia, as enxaquecas na mulher tendem a ser mais concentradas no período menstrual ou pré-menstrual. Irregularidades menstruais, endometriose, ovários policísticos, reposição hormonal, podem ser fatores por trás de agravamentos de enxaquecas.

5. Irritação e alterações do humor. A irritabilidade aparece normalmente junto como uma crise de enxaqueca, mas também pode ser um motivo gerador de novas dores. Altos e baixos no humor, pavio curto, passar muito raiva, impaciência, irritação são combinações explosivas para desencadear uma enxaqueca. Relaxar, treinar a paciência é bastante útil.

6. Excesso de cafeína. Tomar muito café, bebidas cafeinadas, chocolates, e até mesmo analgésicos que contenham cafeína são provocadores de enxaqueca. A conta que deve ser feita é pela quantidade de cafeína em cada produto ingerido, um café expresso tem cerca de 80 mg, um café coado 50 mg, permitimos até 200 mg de cafeína por dia, evitando o uso após as 18 h. Parar repentinamente o café também não é bom, ocorre a abstinência de cafeína.

7. Falta de exercícios físicos, é também elemento importante. Realizar exercícios evita que venham as crises de dor de cabeça, o organismo produz endorfinas, regulariza a produção de neurotransmissores como a serotonina, melatonina, o organismo se torna mais saudável, mais resistente a dor.

8. Uso excessivo de analgésicos. Conceito fundamental para todos terem: analgésicos não tratam a enxaqueca, só aliviam a intensidade e duração das crises, depois é claro que ela já se instalou, e quando as crises são frequentes, o uso de analgésicos pode vir a cronificar, piorar, agravar a enxaqueca, tornando-a mais resistente, mais frequente. O tratamento da enxaqueca preventivo com remédio e/ou sem remédio deve ser instituído.

9. Outros alimentos como o chocolate, frutas cítricas, alimentos muito gelados (sorvetes), nozes, alimentos gordurosos, condimentados, ricos em glutamato monossódico, muito presente em salgadinhos, em molhos, adoçantes podem agravar as enxaquecas. Em quem tem intolerância `a lactose, leite, queijo e derivados devem ser evitados, ou a suplementação da lactase, a enzima que transforma a lactose (o açúcar do leite) em glicose.

10. Genética. Nada a fazer a não ser reconhecer rapidamente a enxaqueca na infância, adolescência, início da vida adulta em filhos de pessoas que sofrem com a enxaqueca, para que ela possa ser tratada adequadamente, preventivamente, evitando que as crises apareçam e que a enxaqueca se desenvolva até um estágio crônico.

SUBSTÂNCIAS VASOATIVAS DESENCADEANTES DAS CRISE DE ENXAQUECA

- RICAS EM GORDURAS E AÇÚCARES –
1 - Carnes vermelhas
2 – Queijos amarelos
3 – Chocolates
4 – Hambúrgueres
5 - Pizzas
6 – Amendoim
7 – Nozes
8 – Salsicha
9 – Bacon

MELHORA COM
1 – Sucos naturais
2 – Brócolis
3 – Espinafre
4 - Cereais